sábado, 18 de junho de 2011

Habitat

Quando em uma conversa informal falamos sobre peixes ornamentais não é difícil ter alguém que fale: Eu já tive um peixe betta!



O Betta Splendens é um dos peixes mais difundidos no mundo e tem seu nome associado a agressividade e uma certa resistência as adversidades. Por trás dessas qualidades existe todo um processo de adaptação que durou anos e que tem tudo haver com o ambiente que seus descendentes selvagens habitam.


O primeiro exemplar foi catalogado em 1849, atualmente a lista do gênero Betta possui mais de 70 diferentes espécies que são facilmente encontradas em uma região que se estende do sul da China passando pelo Vietnam, Tailândia, Camborja, Malásia até chegar a Indonésia.



A maioria das espécies se concentram em águas rasas e sem correnteza em áreas alagadas como pântanos e charcos, lugares que possuem um baixo índice de oxigenação devido ao alto grau de matéria orgânica em decomposição. A longa exposição a um ambiente tão hostil fez a espécie desenvolver um órgão capaz de extrair o ar atmosférico da superfície da água e distribui-lo através do sangue por todo o corpo o que lhe auxilia a superar a falta de oxigênio na água.



Em ambiente natural a sua alimentação é basicamente composta de larvas de mosquitos, alevinos de outras espécies e pequenos insetos que caem na superfície da água. O macho da espécie é sempre maior que a fêmea e entra em constantes conflitos territoriais para defender uma área mínima de 1m² para cada macho, já as fêmeas transitam livremente entre os territórios e são bem menos agressivas.
 
O território geográfico que o gênero betta conseguiu se adaptar é vasto e por isso a mudança de habitat é constante. Muitas espécies podem ser vistas ao longo do percurso do Rio Mekong que atravessa o sul da China e toda a Penísula da Malásia.


Rio Mekong


Abaixo duas diferentes espécies selvagens que demonstram as diferentes condições ambientais dentro do gênero.

(1) – Betta Macrostoma


Natural da Malásia e Brunei pode atingir 11 cm e sobrevive em um PH entre 3.0 e 5.5 (muito ácido) e temperatura entre 24°C – 26°C. É um grande saltador e possui o titulo de betta mais caro do mundo podendo ser encontrado por até 300 dólares. O preço deste peixe é explicado pela sua difícil manutenção em cativeiro. Atualmente o Macrostoma é considerado um dos símbolos do Sultão de Brunei por isso neste pais o cativeiro é considerado crime grave.

(2) – Betta Pallifina

Natural do Bórneu e indonésia pode atinge até 10 cm e sobreviver em PH 6.0 e 7.0 e temperaturas entre 23°C - 27°C, não exige grandes cuidados quando criado fora do ambiente natural.

 
Autora: Amanda S. Santos
horizonte_betta@hotmail.com

Graduando em Física pela UFPB, Técnica em Edificações pelo IFPB. Criadora/hobbysta de Bettas de linhagem desde 2009, com interesse na área de genética e comportamento do Betta Splendens, membro do CEA - Centro de Estudos para Aquariofilia, membro de fóruns nacionais e internacionais sobre o assunto. Apaixonada pelo aquarismo, sobre tudo, aquários plantados


fonte:
http://aquariomania.forumeiros.com/t51-cientistas-encontram-dezenas-de-novas-especies-em-borneu
http://www.atisonbetta.com/gallery21.asp

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